A diferença entre estes dois “conceitos” ou “estado de espírito” se deve, em alguma medida, ao clima do local de trabalho, mas não tenho dúvida, depende principalmente do posicionamento pessoal do profissional. Algo como “viver para trabalhar ou trabalhar para viver”.
A maneira como se encara a profissão e as responsabilidades inerentes é determinante para a escolha entre os dois estados.
Inevitável pensar em “momentos” de muita competitividade, mas os dois “estados de espírito” descritos existem há muito tempo, isto é, ser um “viciado” no trabalho (workaholic) ou um “amante” do trabalho (worklover) são comportamentos que sempre existiram. E sempre caracterizaram um comportamento de muita dedicação ao trabalho (por vezes excessiva dedicação).
Mas sempre trouxeram consequências diferentes!
Qualquer atividade apresenta dificuldades, e desafios. Temos que enfrenta-los e sempre nos perguntar: Porque escolhi este caminho?
Algumas vezes nos comportamos de determinada maneira, no que se refere ao trabalho, sem uma explicação plausível.
No comportamento do “workaholic” encontramos algumas disfunções importantes como:
Pode ser fator de insegurança (preciso fazer mais para “parecer” competente).
Pode ser fuga (estou melhor aqui que em casa / ou / preciso não pensar em outra coisa).
Pode ser fruto de um objetivo compulsivo (preciso conquistar isso / ou / não posso deixar de acompanhar tudo).
Ou simplesmente não tem explicação. Mas sempre será um comportamento inadequado.
O comportamento do “worklover” pode ser parecido com o do “workaholic” no que se refere á dedicação, mas se fundamenta em uma base mais saudável e produtiva.
Sabemos que trabalhar demais nem sempre é produtividade ou resultado. É importantíssimo “trabalhar bem”, isto é: ter foco, reconhecer a direção estratégica, identificar prioridades e, se for líder, saber submeter-se ás normas, mais do que apenas criar normas.
É voz corrente que quando se faz o que se gosta consegue-se resultados melhores. É quase que um privilégio.
E se Você estiver pensando assim: “É não tive essa sorte”, creia que o problema está mais em sua concepção de trabalho do que no que faz. Afinal, ser útil, por mais simples que possa ser a atividade, é uma enorme oportunidade. Com frequência não conseguimos fazer tudo que planejamos, mas isso não é fracasso. Entenda a sua agregação de valor, a sua contribuição. Não tenha dúvida, sempre há!
Por isso aqui vão algumas comparações entre esses dois perfis:
WORKHOLIC
- · O trabalho é fonte de pressão e stress;
- · No fim de semana costumo me queixar do trabalho;
- · Não consigo ficar longe do trabalho;
- · Sinto-me inseguro (algo como a síndrome de abstinência);
- · Busco atender expectativas dos outros;
- · Tenho que trabalhar muito para demonstrar Capacidade.
Ser workaholic é determinado por fatores de insegurança e por pressões externas.
WORKLOVER
- · Trabalho é fonte de satisfação;
- · No fim de semana penso sobre o trabalho e sobre as expectativas;
- · Consigo me afastar, apesar de que qualquer situação me leva a pensar em oportunidades para ele;
- · Busco realizações;
- · Tenho que melhorar sempre para atender minhas expectativas.
Ser worklover é determinado por escolhas e por pressões internas.