Inovação Aplicada – 08 Passos para Alcançá-la

Alguns temas são diferenciais na gestão de negócios transformando-se em verdadeiros fatores chave de sucesso.
Um desses temas é a Comunicação que, infelizmente costumamos dizer, é um problema em no mínimo 100% das empresas.
Mas o tema que destacamos aqui é o da Inovação, hoje, um divisor de águas do sucesso ou fracasso dos negócios, em qualquer segmento.
O aumento da competitividade, a ascensão da tecnologia á categoria de “comodities”, e a enorme proliferação da informação via tecnologia da informação tornou a diferenciação uma busca incessante por parte das empresas. E a inovação é peça fundamental dessa diferenciação.
Mas, como o próprio título deste artigo sugere, o enfoque deve ser muito objetivo e pragmático.
A inovação deve ser aplicada, isto é, dirigir-se objetivamente á agregação de valor aos resultados organizacionais. Ela é um fato social e fruto de intenso relacionamento e contribuição grupal. Por isso muito complexa!
A ideia pode ser uma ação individual, mas a inovação nunca.
Ela exige maturidade e compreensão coletiva e pessoal. Pessoal porque a inovação subtende a “entrega” de um resultado e, portanto, a implementação de um processo que extrapola os limites organizacionais de uma seção, departamento ou Diretoria. É uma ação organizacional que exige visão de gestão adequada para ocorrer, pois além das competências técnicas inerentes á ação, prepondera a necessidade de efetiva capacidade de relacionamento, convencimento e agrupamento de interesses e parcerias.
É, portanto, uma ação coletiva, mesmo que organizada e, por vezes, tutelada por um profissional.
Ideias povoam o imaginário, mas muito poucas se transformam em negócios ou agregam valor significativo. A inovação é a ideia colocada em prática, isto é, a ideia transformada em valor. Esse é o principio da Inovação Aplicada, a agregação de valor.
Mas não temos ilusões, isso só será conseguido por meio de uma gestão que estimule um ambiente colaborativo e de confiança para que o compartilhamento das informações e percepções seja favorecido e, sugerido. Estamos nos referindo á Gestão do Conhecimento.
E não podemos pensar, apenas, nos profissionais jovens, que estão iniciando no mercado de trabalho. Precisamos, decisivamente, dos profissionais experientes que, além da experiência detém consciência da necessidade de compartilhamento nestes tempos de profusão exacerbada de novos dados e informações.
Apenas 6,5 % de todos os ganhadores do Premio Novel tinham menos de 40 anos e praticamente todos de áreas essencialmente técnicas. A média de idade dos ganhadores de Prêmios Novel é acima de 50 anos. Nelson Rodrigues, na sua competência de observador do cotidiano afirmava: “Inovadores, envelheçam depressa, com toda urgência, envelheçam”!
O que estes fatos sugerem é que é necessário algum tempo de vivência e maturidade para conduzir grupos heterogêneos a resultados globais e, hoje, parece ser necessário mais tempo para absorver a maior parte de todo o conhecimento disponível.
Outro aspecto importante na questão da Inovação é a da liberdade de criação. Costumamos dizer que “uma boa ideia não sobrevive sem alguém apaixonado por ela”. Isso quer dizer que devemos “permitir” que os inovadores desenvolvam suas próprias alternativas de ação. Sem dúvida podemos melhorar as ideias, mais é importante que não façamos isso, pelo menos no início. Quando nos dispomos a melhorar as ideias dos outros descaracterizamos a origem da ideia. “Já não é mais a ideia que eu trouxe!”. Dessa forma perco a “paternidade” da ação e, consequentemente a força da ação.
Por isso “permissão” é atitude chave para um ambiente de inovação.
As vezes permissão para que a melhor solução seja “escolhida” pelo mercado. É o princípio do processo seletivo da teoria evolucionista (lembram-se de Darwin?) em que a melhor solução é selecionada pelo mercado / usuários / clientes.
Em suma, desenvolver um ambiente de inovação exige alguns cuidados.
Alguns desses são:
• Gestão do conhecimento > faça a informação ser compartilhada / documente melhorias, por menores que sejam.
• Utilize a tecnologia para facilitar o trabalho / dessa forma gere tempo discricionário para que possam pensar não só em fazer o trabalho, mas como poderá vir a ser….
• Permita que iniciativas não completamente comprovadas sejam testadas. Não há como se ter um planejamento muito detalhado de novas concepções, até então não muito conhecidas.
• Não use o “status quo” para avaliar novas concepções. Não dá! São referenciais diferentes.
• É provável que novas concepções tenham que ter novos processos e isso poderá gerar custos. E daí? Não há desenvolvimento sem investimento! E pode ser o futuro.
• Mescle suas equipes. Tenha profissionais jovens e mais velhos para aproveitar o melhor de cada um. Reforce compartilhamento de visões e percepções. Esse é o caminho!
• Pequenas iniciativas podem ser o embrião de grandes modificações. Não pense, apenas, em grandes projetos. Pequenos projetos podem ser, inclusive, um excelente treinamento das suas equipes.
• Tenha paciência e invista na relação, considere o erro como um processo de aprendizagem e “permita”.

Entendo que não são “dicas” fáceis de serem seguidas. Mas estamos falando de diferenciação. Afinal se todos puderem fazer deixa de ser diferencial.
Por isso coloque toda sua competência nesses princípios, ou esqueça o futuro!

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